segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Morri com a mulher melão



O vídeo da professora baiana no Youtube, e a mulher melão (ou será Mulher Melão?) tirando o sutiã no CQC fizeram com que me sinta um tanto repleta de pudores, LIKE A VIRGIN...


O filho do vampiro pediu mais uma vodcka, pensou bem, jogou o copo no chão e bebeu no gargalo. Sapateou no meio da sala, sofreu de terno, cheirou uma bala...


Uma frase, no meio da noite, que mude sua vida:

- O curupira!

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Imagem: Bernard Buffet

domingo, 30 de agosto de 2009

Fume seu próprio remédio


em um riso fácil

que me é difícil

mostro os dentes,

a mente,

a alma.


em uma calma falsa

que é meu escudo,

aparento estar tranqüila, paciente,

quando na verdade explUdo.


tome a pílula do dia seguinte ao tédio.

fume seu próprio remédio.


em meio a estrutura,

ora delicada,

ora bruscamente enrodilhada.

entre pessoas baratas, roupas caras, conversas chatas,

compre um cavalo azul.


em dias cor de rosa

com pensamento cinza.

Lembre-se:

A quem pense rosa em dia cinza.


tome a pílula do dia seguinte ao tédio.

fume seu próprio remédio.

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imagem: Sir Gerald Kelly

Morro de saudades...



*Martin,Juan e Ignácio... queridos hermanos argentinos...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A última dança



Dançou a valsinha barata

e

atirou no próprio peito com uma bala de canhão.

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Imagem: Edgar Degas

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Em consciência

Já é uma ida

essa história de

estar sempre

partindo.


No dia dos pais

vou desejar também,

dia das pães.


Numa manhã

gelada, nublada,

quando quase ninguém

ainda levantou,

estar sentada na janela

do apartamento

é de fato bom,

é de fato frio.


Jogar uma bituca no fio elétrico

bem poderia causar uma explosão.

Bem poderia acabar aqui.


Já é uma pira

essa história

de estar sempre

viajando.

Essa história

de estar sempre

SENTINDO,

ENTENDENDO,

RESPEITANDO,

LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO,

DESESPERANDO.

SOZINHA,

CONFUSA,

CHORANDO.


Não escrevo o que sinto.

Fotografo a sombra da janela.

Pinto um retrato apagado.

Vivo os dias, as noites, os anos.

Envelheço,

Crio gerações de coelhos,

Minto,

Faço troça,

E

quando olho-me no espelho

tenho medo.

Do passar dos anos,

de monstros,

de tudo que eu possa.


Já é uma

brincadeira

longa,

alguns dias triste,

essa história de estar

sempre pensando.

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Imagem: Georges Seraut